segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Bancos vão financiar mais de seis mil bolsas do Ciência sem Fronteiras

 
 
Bancos vão financiar 6.500 bolsas de estudo do Programa Ciência sem Fronteiras nos próximos quatro anos. O investimento totalizará US$ 180, 8 milhões, sendo que a primeira parcela, de 10%, será desembolsada já na semana que vem pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Acordo para a doação foi assinado na última sexta-feira (21) pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) com a Febraban. Participarão do aporte financeiro 21 bancos.
 
O presidente da Febraban, Murilo Portugal, negou que a entidade tenha interesse em obter vantagem direta para o setor bancário e disse que a participação no projeto tem o objetivo de ajudar o Brasil na qualificação profissional. "Por isso, nossas prioridades serão as que o governo definir, assim como as modalidades. É muito importante para o Brasil aumentar a qualificação profissional e a inovação nas áreas do Programa Ciência sem Fronteiras", observou Portugal admitindo, no entanto, que o programa pode ter impacto indireto para os bancos.
 
Já o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, ressaltou a obrigatoriedade do retorno ao País para os estudantes que participam do programa. Ele explicou que quem obtiver notas superiores a 600 no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) solicitar a bolsa do Ciência sem Fronteiras já na hora em que ingressar na universidade. "Esses alunos não serão obrigados a atuar nas áreas de qualificação, mas têm o compromisso de voltar ao Brasil. O que tem acontecido é que alguns desses alunos vão para as universidades, ficam nove meses fazendo estágio ali e depois mais três meses nas empresas, que tem tido muita satisfação porque esses são os melhores alunos do Brasil".
 
O repasse dos recursos que serão doados pelos bancos será feito gradualmente, sendo 22% em 2013, 30% em 2014 e 38% em 2015. A Febraban participará ainda do projeto ficando como membro permanente do Comitê de Acompanhamento e Assessoramento, responsável pela coordenação do programa. Participam do comitê representantes do governo federal e outras entidades do setor privado que contribuem para o projeto.
 
O programa oferece bolsas de estudo para cursos nas áreas de engenharia, tecnologia da informação, ciências exatas, ciências biomédicas, energias renováveis, tecnologia mineral e nuclear, biodiversidade, bioprospecção, ciências do mar, transição para a economia verde, nanotecnologia, biotecnologia, fármacos, tecnologia de prevenção de desastres naturais, tecnologia aeroespacial e produção agrícola sustentável.
 
O Ciência sem Fronteiras é desenvolvido em conjunto pelos ministérios da Educação e da Ciência, Tecnologia e Inovação, por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Tecnológico (CNPq) e da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes). O programa prevê o financiamento de um total de 101 mil bolsas para promover intercâmbio, em quatro anos, de alunos de graduação e pós-graduação. Dessas, 75 mil serão financiadas pelo governo federal e 26 mil com recursos privados.
(Agência Brasil)

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