quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Prêmio Nobel de Química de 2013


            Nesta quarta-feira (09/10/2013) às 10h45 (6h45 no horário de Brasília) a Real Academia Sueca de Ciências, em Estocolmo, anunciou que os químicos moleculares Martin Karplus (austríaco), Michael Levitt (sul-africano) e Arieh Warshel (israelense) ganharam o Prêmio Nobel de Química 2013.
            Karplus, 83 anos, professor da Universidade de Cambridge (USA); Levitt, 66, professor da Escola de Medicina da Universidade de Stanford (USA) e Warshel, 72, professor da Universidade Estadual da Califórnia (USA) foram laureados por elaborarem simulações de computador que são utilizadas para entender e prever processos químicos complexos como fotossíntese e combustão, declarou o júri.
            O trabalho premiado ajudou a desenvolver modelos informáticos que espelham a vida real, "que se tornaram cruciais para a maioria dos avanços feitos na química hoje".
            Como resultado, potentes programas de computador podem ser utilizados para prever processos químicos complexos, fornecendo a engenheiros farmacêuticos e a químicos industriais um caminho mais rápido para resolver problemas.
            Estes processos podem ocorrer em uma fração de um milésimo de segundo, derrotando algoritmos convencionais que tentam mapeá-los passo a passo.
            A contribuição dos três foi combinar a física clássica com a física quântica em seu modelo. Isto aumenta enormemente o número de permutações de cálculo, embora também exija um computador muito potente para analisar os dados.

            "A força dos métodos que Martin Karplus, Michael Levitt e Arieh Warshel desenvolveram é que eles são universais", declarou o painel Nobel. "Eles podem ser utilizados para estudar todos os tipos de química; das moléculas da vida aos processos químicos industriais. Os cientistas podem otimizar células solares, catalisadores em veículos automotores ou mesmo drogas, para citar apenas alguns exemplos", completou.