segunda-feira, 19 de agosto de 2013

Afinal é gripe ou resfriado?

O nariz escorre, vêm os espirros e o mal-estar, e a pergunta: é gripe ou resfriado? Os vírus que causam as duas doenças têm potenciais bem diferentes, mas os sintomas muitas vezes se confundem. De forma geral, os adenovírus, rinovírus e outros responsáveis pelo resfriado são mais fracos, atingem o corpo de forma superficial e duram menos — até cinco dias. Já o vírus influenza, que provoca a gripe, é capaz de chegar aos pulmões, à corrente sanguínea e afetar todo o corpo, por até uma semana. A febre alta e a dor no corpo são suas marcas registradas. Em alguns casos, a indisposição, a tosse e a dor de garganta persistem durante dias após o desaparecimento dos outros sintomas. Segundo o pneumologista Rafael Stelmach, as duas doenças têm início súbito, evoluem muito rápido e geralmente passam sozinhas, ao término do ciclo do vírus. A gripe, porém, traz riscos para grupos como idosos, crianças pequenas, grávidas e profissionais da saúde, que podem ter complicações. Por isso, é indicado que tomem a vacina anual. Entenda como o corpo reage em cada situação no infográfico.
Fonte: por Luna D'Alama
Revista Galileu, acessado em 19/08/2013

'Rastreador de Namorado' Pode ser Criminoso

App permite que namorado ou namorada receba cópia de mensagens, relátórios sobre ligações e a localização do parceiro


Editora GloboHoje de manhã, o Facebook ficou lotado de manifestações indignadas contra um aplicativo de celular. Promovido através de um site bonito, escrito em linguagem descolada, e focado no público feminino, o app Rastreador de Namorados, disponível para Andoid, afirma ajudar namoradas desconfiadas (e não 'neuróticas', como faz questão de deixar claro o F.A.Q. do app) rastrearem toda a vida móvel de seus parceiros. Obama aprova esse aplicativo. 

Uma vez instalado no celular, o app pode ser configurado para enviar para um outro número mensagens de texto contendo localização, histórico de ligações, como duração e número, e também cópias de SMS. A função mais invasiva é uma que faz com que o celular do alvo automaticamente faça uma ligação para o do 'espião': daí, basta atender para ter acesso ao áudio completo de tudo que acontece fora do bolso do dono ou da dona do celular. 

A principal falha no conceito, de acordo com homens e mulheres que comentaram na aba 'avaliações' no Google Play, é que o namorado ou namorada que você queira espionar pode, a qualquer momento, perceber que existe em sua lista de apps um chamado "Rastreador de Namorados" e apagá-lo, acabando com a brincadeira. Não tem problema: lá mesmo, nas respostas às reclmações, os desenvolvedores informam que o aplicativo tinha a função de ficar 'escondido' e que, embora tenha sido necessário desabilitá-la oficialmente devido a restrições da loja de apps do Google, basta enviar-lhes um e-mail para que eles deem 'mais informações sobre o modo escondido'. 

De acordo com a advogada Gisele Truzzi, especializada em direito digital e crimes eletrônicos, como o aplicativo não apenas registra a localização do usuário, mas também envia o conteúdo de mensagens de texto do celular espionado e até ativa o microfone do celular-alvo (o horror!), através de uma ligação automática, instalá-lo em um celular sem o conhecimento do dono configura um caso grave de invasão de privacidade. "Se a pessoa não tiver autorizado isso, é a mesma coisa que espiar uma rede Wi-Fi. Pode caracterizar um crime de interceptação telefônica e telemática, previsto no artigo 10 da lei nº 9.296, pra qual a pena de prisão pode ser de 2 a 4 anos", explica. 

De acordo com a lei brasileira, é proibido interceptar comunicações sem uma autorização judicial, e como o aplicativo envolve tráfego de dados, usá-lo pode se encaixar nesse crime. "A existência do aplicativo por si só não é crime, mas o uso que o usuário faz dele pode caracterizar invasão de privacidade, já que a pessoa não sabe que está sendo rastreada", diz Truzzi. 

Moral da história: se seu namorado ou namorada instalar o Rastreador de Namorados no seu celular, procure um advogado pra você - e um psicólogo pra ele ou pra ela.

Fonte: Revista Galileu. Acessada em 19/08/2013.

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Hubble Revela as Origens das Galáxias Modernas


Levatamento que cobriu 80% da História do Universo mostra que diversidade de formatos e tamanhos observada hoje já existia há 11 bilhões de anos



No Universo atual, as galáxias têm variadas formas e tamanhos e são classificadas por um sistema conhecido como Sequência de Hubble, criado pelo astrônomo americano Edwin Hubble em 1926. Com base na morfologia e intensidade de formação de estrelas, as galáxias foram então organizadas em um zoológico cósmico de estruturas espirais, elípticas e irregulares com diferentes distribuições de seus braços, halos, nuvens de gás e poeira e núcleos brilhantes. Mas como essa classificação morfológica se mantém à medida que olhamos para o passado, quando o Universo era jovem? A resposta, a partir de um levantamento realizado com o telescópio espacial Hubble, é que a sequência é válida há pelo menos 11 bilhões de anos.

- Esta era uma questão chave: quando e ao longo de qual escala de tempo a Sequência de Hubble emergiu? - diz BoMee Lee, astrônomo da Universidade de Massachusetts e principal autor de artigo sobre o levantamento, a ser publicado pelo periódico científico "Astrophysical Journal". - Para fazer isso, precisávamos observar galáxias distantes e compará-las com suas parentes mais próximas para ver se elas também poderiam ser descritas da mesma maneira.

Assim, o levantamento, batizado Candels ("velas" em inglês), observou os tamanhos, formatos e cores de galáxias ao longo dos últimos 80% de História do Universo. Ele revelou que os dois principais tipos de galáxias identificados na Sequência de Hubble, elípticas e espirais, já estavam presentes 11 bilhões de anos atrás, assim como um terceiro, chamadas galáxias lenticulares e que ficam no meio do caminho entre os outros dois tipos.

- Este é o único amplo estudo até agora da aparência visual das grandes e massivas galáxias que existiam tão longe no tempo - afirma o astrônomo Arjen van der Wel, do Instituto Max Planck de Astronomia em Heidelberg, na Alemanha, e coautor do artigo. - As galáxias parecem notadamente maduras, o que não é previsto pelos modelos de formação galática para tão cedo na História do Universo.

Segundo os astrônomos, as galáxias deste Universo jovem podem ser divididas em azuis com intensa formação estelar e estruturas complexos - incluindo discos, protuberâncias e aglomerados irregulares - e massivas galáxias vermelhas que não estão formando mais estrelas, como as vistas no Universo próximo. Galáxias tão ou mais massivas quanto a Via Láctea, no entanto, são um tanto raras no Universo jovem, o que dificultou a obtenção de uma amostra grande o bastante de galáxias maduras para melhor descrevê-las de acordo com a Sequência de Hubble. Desta forma, o levantamento Candels foi planejado para preencher esta lacuna.

- O enorme banco de dados do Candels foi um grande recurso que usamos para estudar de forma consistente as antigas galáxias do Universo primordial - destaca Lee. - A Sequência de Hubble fundamenta muito do que sabemos sobre como as galáxias se formaram e evoluíram, e verificar que ela já estava presente no Universo há tanto tempo atrás é uma descoberta significativa.

(Cesar Baima / O Globo)

Tome Ciência: Pesquisadores do Universo


Convidados falam sobre descobertas recentes e teorias já solidificadas em astronomia e física




De 17 a 23 de agosto, o programa de TV Tome Ciência promove um debate que reúne especialistas em astronomia e física. A origem do universo sempre intrigou a humanidade. Na busca de respostas para os fenômenos da natureza quase sempre o inexplicável é atribuído a razões sobrenaturais.

Mas para os debatedores deste programa - cientistas por opção e profissão - nada é mais natural que procurar explicações para o desconhecido. Ao examinar o Universo com o auxílio das mais avançadas tecnologias, eles questionam inclusive as teorias que já pareciam solidificadas, como a que atribuía a origem de tudo a uma grande explosão, o big bang. Comentam das mais recentes descobertas e explicam a expansão acelerada, que pode vir ser o fim de tudo.

Participantes:
Jaime Fernando Villas da Rocha, doutor em astronomia, professor da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e coordenador nacional da Comissão de Ensino da Sociedade Astronômica Brasileira.

Martin Makler, doutor em física na área de cosmologia, pesquisador do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas (CBPF). Nelson Pinto Neto, doutor em física e pesquisador titular do CBPF, com pós-doutorado na Universidade Pierre et Marie Curie, na França.

Imagem da internet, meramente ilustrativa.
Maurício Ortiz Calvão, com pós-doutorado em física na Universidade California Berkeley, nos Estados Unidos, é professor da Universidade do Estado Rio de Janeiro(UFRJ).

Apresentado pelo jornalista André Motta Lima, o programa conta com a participação de um Conselho Científico integrado pelas entidades vinculadas à Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, permitindo que cientistas de várias especialidades debatam temas da atualidade. Os debates são exibidos em diversas emissoras com variadas alternativas de horários. A programação pode ser conferida pelo site do programa: www.tomeciencia.com.br.

Cientistas Mapeiam Mutações Genéticas Ligadas ao Câncer


Foram identificados 21 padrões de alteração que podem estar ligados a processos que provocam a doença



Imagem da internet meramente ilustrativa.
Pesquisadores da Grã-Bretanha publicaram ontem um dos estudos mais amplos já feitos sobre genômica do câncer, que permitiu identificar mais de 20 "assinaturas genéticas" relacionadas a vários tipos de tumores - informações básicas que, segundo eles, poderão nortear a busca por novos métodos de prevenção da doença.

Foram analisadas quase cinco mil mutações, relacionadas a mais de sete mil casos de câncer, dos mais variados tipos. Com base nisso, os pesquisadores identificaram 21 "assinaturas", ou padrões de alteração genética, que eles acreditam estar diretamente vinculadas a processos específicos que desencadearam a doença.

Algumas assinaturas são específicas de determinados tipos de câncer; outras aparecem em uma variedade de tumores. Algumas estão relacionadas à idade dos pacientes; outras a fatores de risco já bem estabelecidos, como exposição ao fumo ou à radiação solar ultravioleta. Várias, porém, não têm causa estabelecida - por enquanto.

"Os resultados revelam a diversidade de processos mutacionais no desenvolvimento do câncer, com potenciais implicações para a compreensão da etiologia, prevenção e tratamento da doença", afirmam os autores no trabalho publicado pela revista Nature. A pesquisa foi liderada pelo WellcomeTrust Sanger Institute (WTSI), na Inglaterra.

Como explica Sir Mike Stratton, diretor do WTSI, já é sabido que todo câncer é causado por um acúmulo de mutações genéticas, que podem ser herdadas ou adquiridas ao longo da vida. O que os cientistas querem entender melhor é o que causa essas mutações, como a interação de todos esses fatores afeta o desenvolvimento da doença. Ele compara o que os biólogos moleculares querem fazer com as "assinaturas genéticas" ao que fazem os arqueólogos quando estudam as características de uma ruína para entender como era e como vivia um determinado povo.

Fonte: (Herton Escobar/O Estado de S.Paulo)

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

XII Semana de Química - Unicamp


A Semana de Química é um evento realizado anualmente no Instituto de Química da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Aberto para alunos de quaisquer instituições, professores e profissionais da área, conta com estrutura para 400 pessoas em sua 12ª edição. 

As palestras são gratuitas e a inscrição, que varia de R$48,00 a R$60,00 de acordo com a categoria desejada, permite ao congressista participar de 2 minicursos de 8 horas (com certificado) e 1 visita técnica, além do kit congressista. 

A Cerimônia de Encerramento será no Teatro Amil, no Shopping D. Pedro com o renomado autor e docente da University of Cambridge, Peter David Wothers.

Carta da SBC e ABC à Presidenta Dilma Roussef

SBPC-081/Dir. 

Excelentíssima Senhora
Presidenta DILMA VANA ROUSSEFF
Presidência da República Federativa do Brasil

Senhora Presidenta, 

A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) e a Academia Brasileira de Ciências (ABC) manifestam a sua preocupação com o anúncio da Agência Nacional do Petróleo (ANP) da decisão de incluir o chamado "Gás de Xisto", obtido por fraturamento da rocha (shale gas fracking), na próxima licitação, em novembro, de campos de gás natural em bacias sedimentares brasileiras. 

Apesar das notícias publicadas pela Agência Internacional de Energia dos EUA, que sugerem reservas de gás de xisto da ordem de 7,35 trilhões de m3 nas bacias geológicas do Paraná, do Parnaíba, do Solimões e Amazonas, do Recôncavo e do São Francisco (norte da Bahia e sul de Minas Gerais), e das estimativas da ANP, de que as mesmas podem ultrapassar no Brasil o dobro desse número, deve-se destacar o caráter totalmente preliminar dessas possíveis reservas, especialmente devido à falta de conhecimento, até o momento, das características petrográficas, estruturais e geomecânicas das rochas consideradas para esse cálculo, que poderão influir decisivamente na economicidade da sua explotação. 

Por outro lado, a explotação de gás de xisto, apesar do sucesso tecnológico e econômico apresentado principalmente nos Estados Unidos, tem sido muito questionada pelos riscos e danos ambientais envolvidos. 

Enquanto o gás natural e o petróleo ocorrem em estruturas geológicas e nichos próprios, o gás de xisto impregna toda a rocha ou formação geológica. Nesta condição, a tecnologia de extração de gás está embasada em processos invasivos da camada geológica portadora do gás, por meio da técnica de fratura hidráulica, com a injeção de água e substâncias químicas, podendo ocasionar vazamentos e contaminação de aquíferos de água doce que ocorrem acima do xisto. 

Por outro lado, os grandes volumes de água necessários no processo de extração, e que retornam à superfície, poluídos por hidrocarbonetos e por outros compostos e metais presentes na rocha e os próprios aditivos químicos utilizados, exigem caríssimas técnicas de purificação e de descarte dos resíduos finais. A própria captação desta água pode representar uma forte concorrência com outros usos considerados preferenciais, como, por exemplo, o abastecimento humano. 

É importante destacar, por exemplo, que boa parte das reservas de gás/óleo de xisto da Bacia do Paraná no Brasil e parte das reservas do norte da Argentina estão logo abaixo do Aquífero Guarani, a maior fonte de água doce de ótima qualidade da América do Sul. Logo, a exploração do gás de xisto nessas regiões deveria ser avaliada com muita cautela, já que há um potencial risco de contaminação das águas deste aquífero. 

Nesse sentido, não é cabível que sejam imediatamente licitadas áreas de exploração a empresas, excluindo desta forma a comunidade científica e os próprios órgãos reguladores do País da possibilidade de acesso e discussão de todas as informações que poderão ser obtidas, por meio de estudos realizados diretamente pelas Universidades e Institutos de Pesquisas, com a finalidade de obter melhor conhecimento, tanto sobre as propriedades intrínsecas das jazidas e as condições de sua exploração, como das consequências ambientais dessa atividade, que poderão superar amplamente seus eventuais ganhos sociais. 

Face ao exposto, e tendo em vista os resultados das discussões realizadas durante a 65ª Reunião da SBPC em Recife, Pernambuco, de 22 a 27 de julho de 2013, solicitamos à Presidenta da República, que seja sustada a licitação de áreas para explotação de Gás de Xisto, na 12ª Rodada prevista para novembro próximo, por um período suficiente para aprofundar os estudos, realizados por ICTs públicas, sobre a real potencialidade da utilização da fratura hidráulica e os possíveis prejuízos ambientais. 

Muito Cordialmente, 

HELENA BONCIANI NADER, Presidente da SBPC 

JACOB PALIS, Presidente da ABC

C/C: Presidentes da Câmara e do Senado, ANP, CNPEM, MME, MCTI, MMA, CTPetro, FINEP, CNPq e Sociedades Associadas à SBPC.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Começou Hoje em Pacoti O Ciência em Cena

Começou hoje (07/08) o Ciência em Cena na cidade de Pacoti interior do estado do Ceará, o Ciência em Cena é um Encontro Nacional de Teatro Científico, que ocorre anualmente desde 2007, o qual grupos que difundem a ciência servindo-se das artes artes cênicas, reúnem-se em diversos lugares do Brasil para divulgação da ciência através do teatro.

Um Pouco de História...

O primeiro e o segundo Ciência em Cena ocorreram na cidade de São Carlos-SP, tendo como organizador o Grupo Ouroboros da UFSCar. A terceira edição, realizou-se em Mossoró-RN, tendo como organização o Grupo Fanáticos da Química. A quarta edição foi realizada em Fortaleza-CE sob organização do Grupo Seara da Ciência. O quinto Ciência em Cena foi sediado em São Carlos novamente, sob a organização do Grupo Ouroboros. A sexta edição, realizado em 2012, teve como sede a cidade de Caxias-MA, sob a organização do Grupo Letrafisic-UEMA.


E este ano...

o VII Ciência em Cena será realizado em Pacoti-Ce, uma cidade serrana do Ceará. O lugar para realização do evento será na Estação Experimental Ecológica da UECE em Pacoti. A organização da atual edição coube ao Grupo Tubo de Ensaio da FACEDI/UECE.

E o Grupo Capela da Ciência...

está participando ativamente com a apresentação de uma peça a partir de uma adaptação livre do livro "O Método científico: como o saber mudou a vida do homem" de Leopoldo de Meis. E durante todo o evento o grupo estará fazendo a cobertura completa do evento com fotos e vídeos.

Aguardem novas atualizações o evento esta apenas começando...