quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Academia Brasileira de Ciências se manifesta sobre a fosfoetanolamina


O texto foi escrito pelos acadêmicos João Batista Calixto e Mauro Martins Teixeira, que são membros da Diretoria da ABC. O documento chama a atenção para alguns fatos preocupantes relacionados à substância
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) produziu um documento alertando para os riscos do consumo da fosfoetanolamina, produto que não passou pelas etapas indispensáveis de teste clínico e vem sendo usado como um método para o tratamento do câncer.
O texto foi escrito pelos Acadêmicos João Batista Calixto e Mauro Martins Teixeira, que são membros da Diretoria da ABC. Calixto é diretor-presidente do Centro de Inovação e Ensaios Pré-Clínicos (CIEnP) e Teixeira é professor no Departamento de Bioquímica e Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG).
O documento explica como se dá o processo de aprovação de um medicamento, que teve início com a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e que, no Brasil, é controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Segundo o texto, todo o processo de desenvolvimento e de registro de um novo medicamento pode demandar até 12 anos, pois deve passar por diversas etapas de teste in vitro e in vivo, e a fosfoetanolamina não passou por todas essas etapas.
O documento chama a atenção para alguns fatos preocupantes relacionados à substância. Afirma que não há garantia da segurança da produção e estabilidade química entre os vários lotes; não há evidências disponíveis que demonstrem a segurança (toxicologia) e a eficácia da molécula em estudos pré-clínicos; não existem estudos clínicos demonstrando a segurança toxicológica do uso da molécula em seres humanos; entre outros.
Além disso, o manifesto explica que não existe um tipo único de câncer e que, para cada caso particular da doença, há a necessidade da demonstração da eficácia clínica do medicamento e de compará-lo com outras terapias já existentes.
Para acessar a íntegra do documento, clique aqui.

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