O texto foi escrito pelos
acadêmicos João Batista Calixto e Mauro Martins Teixeira, que são membros da
Diretoria da ABC. O documento chama a atenção para alguns fatos preocupantes
relacionados à substância
A Academia Brasileira de Ciências (ABC) produziu um
documento alertando para os riscos do consumo da fosfoetanolamina, produto que
não passou pelas etapas indispensáveis de teste clínico e vem sendo usado como
um método para o tratamento do câncer.
O texto foi escrito pelos Acadêmicos João
Batista Calixto e Mauro Martins Teixeira, que são membros da
Diretoria da ABC. Calixto é diretor-presidente do Centro de Inovação e Ensaios
Pré-Clínicos (CIEnP) e Teixeira é professor no Departamento de Bioquímica e
Imunologia do Instituto de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Minas
Gerais (UFMG).
O
documento explica como se dá o processo de aprovação de um medicamento, que
teve início com a agência norte-americana Food and Drug Administration (FDA) e
que, no Brasil, é controlado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária
(Anvisa). Segundo o texto, todo o processo de desenvolvimento e de registro de
um novo medicamento pode demandar até 12 anos, pois deve passar por diversas
etapas de teste in vitro e in vivo, e a fosfoetanolamina não
passou por todas essas etapas.
O documento chama a atenção para alguns fatos
preocupantes relacionados à substância. Afirma que não há garantia da segurança
da produção e estabilidade química entre os vários lotes; não há evidências
disponíveis que demonstrem a segurança (toxicologia) e a eficácia da molécula
em estudos pré-clínicos; não existem estudos clínicos demonstrando a segurança
toxicológica do uso da molécula em seres humanos; entre outros.
Além disso, o manifesto explica que não existe um
tipo único de câncer e que, para cada caso particular da doença, há a
necessidade da demonstração da eficácia clínica do medicamento e de compará-lo
com outras terapias já existentes.
Para acessar a íntegra do documento, clique aqui.
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também:
O Estado de S. Paulo – Cientistas contratam empresa para regularizar pílula do câncer
MCTI – MCTI reúne laboratórios da área de fármacos para avançar nos estudos
sobre a fosfoetanolamina
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